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16.2.17

amante [imperfeições alheias]

Amante (latim amans, -antis)
-substantivo de dois géneros - pessoa que ama alguém, enamorado/a, namorado/a.’

Nos dias que correm vai sendo cada vez mais difícil conquistar corações, fortalecer uniões ou simplesmente manter amizades e vivemos numa roda gigante de medos, tabus, crenças infundadas, realidades virtuais e arrefecimento emocional que nos traz prisioneiros de emoções falsificadas.

Desde os tempos da antiguidade que o amor teve apoiantes e críticos, escreveram-se odes e ensaios sobre a sua natureza volátil, teve finais felizes e mortes em seu nome, construiu pontes e abriu janelas, revelou-se magnânimo mas também perigoso, teve inúmeras faces mas sempre um só propósito: o de unir as pessoas sob a arte de ser amante, enamorando-se pela vida e suas afeições.
Talvez nem todas as pessoas consigam atingir a arte de amar, de ser amado, por se recusarem a aprendê-la e a entender a fala do coração, por não acreditarem em si mesmos durante a busca do companheiro real (não o idealizado em sonhos e estórias de encantar); não são necessárias teses nem livros de autoajuda, não é preciso decorar poemas nem citar as estórias de amores cinéfilos ou literários para se dominar a arte dos amantes, a arte de se ser feliz lado a lado com quem está destinado a complementar os nossos dias, a preencher os nossos vazios, a iluminar nosso olhar, a curar nossos males, a apaziguar nossas tristezas e a fortalecer nosso sentir.

A arte de quem ama é simples, é tão somente a arte dos sentidos na pujança dos dias e anos vividos; é a arte de observar em vez de apenas olhar, de escutar em vez de ouvir, de saborear cada paladar, de absorver cada fragrância e cada cheiro que nos rodeia, de sentir mesmo sem tocar, de intuir sem tudo racionalizar. E tal arte está ao alcance de cada um de nós, sem que necessitemos de ser ilusionistas ou possuidores de capacidades extraordinárias pois o amor pertence ao comum dos mortais, está embutido em cada coração que bate em harmonia com a mente que o acompanha e apenas é necessária força de vontade para derrubar qualquer preconceito, qualquer inimigo que nos tente desviar do verdadeiro propósito de estar vivo: amar sem julgar, ouvir sem prejudicar, ser sem destruir!

Em cada século existiram heróis e heroínas capazes de elevar o amor, pessoas que dele se vestiram para recuperar a identidade humana, lutas que se tornaram estandarte do caminho certo até à liberdade de amar e ser amado, de respeitar sendo respeitado, de cuidar quem nos oferece cuidado…e ao longo de séculos fomos aprendendo, por vezes à custa de malefícios, que só com amor poderemos ser completos e atingir a sublime arte de ser humano!



6 comentários:

  1. Gostei muito deste texto da Nádya, parabéns! =)
    Beijinhos

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  2. Adorei este texto. O amor pode, no entanto, assumir muitas formas.
    Com isso não quer dizer que se ame menos bem, ou que não se saiba amar.
    Por vezes são as circunstancias - e não as pessoas - que não deixam o amor fortalecer-se e tornar-se numa das nossas muitas outras coisas que nos fazem inteiras. Beijinho x

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    1. infelizmente, numa perspectiva mais realista e menos romântica, assim o é Leonor... a vida mete-nos tanto no caminho que por vezes fica difícil sabermos o que escolher e do que abdicar em prol do amor... nem sempre ele vence ou se fortalece ao ponto de se tornar mais importante do que qualquer outra coisa.

      Existem de facto muitas formas de amar e o amor mais desprendido, aquele que vence tudo, aquele que não encontra obstáculos nem circunstâncias mais importantes é o amor que temos aos nossos filhos, para esse não há desculpas, esse vivemo-lo intensamento, porque na verdade amar é simples...

      Beijinhos

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  3. Excelente texto :) Bela descricao do sentimento Amor :)
    A imagem faz-me lembrar o nosso aloquete que esta na Serra do Pilar :)
    Bjinhosss
    https://matildeferreira.co.uk/

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