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17.2.14

Neste ou num Domingo qualquer.

Ai como gosto de fins-de-semana assim, em familia e visitados pelo sol.
A semana passada foi de chuvas torrenciais e ventos ciclónicos. Nada mais justo do que sermos brindados com um dia de sol e céu limpo revitalizando corpo e alma.
E como a natureza é plena, generosa e serena em dias assim...

Cris Loureiro ©

O itenerário foi simples. Não queriamos ir longe, não tinhamos planos de comer fora de casa, e nestes tempos de fraco descanso os Domingos à tarde, sentados no sofá a ver um filme - se a Laura deixar - são o momento mais que perfeito.
Lá nos tentámos apressar a sair de casa, com a bagagem toda (como sempre), em direcção à foz do rio Medway que desagua timidamente no rio Tamisa.
O Riverside Country Park é um espaço de natureza viva - situado no estuário do Tamisa. Água, várias espécies de passáros entre outros animais, caminhos mais ou menos talhados, antigos barcos encalhados marcam a paisagem que o Homem teima em influênciar. Este pequeno paraiso, mesmo aqui ao meu lado, está em vias de ser substituido por um aeroporto. Será justo privar a natureza de mais este cantinho ainda pouco explorado? Será justo privar os inúmeros moradores que passeiam regularmente por estas paragens em prol de uma elite, provávelmente de empresários e capitalistas, que veêm agora, esta zona da Inglaterra, como alvo a explorar devido à já esgotada e esgotante Londres? Esta, que é a zona perfeita, a 1 hora de caminho de Londres, bem servida de vias públicas, no caminho das "portas" de acesso à restante Europa. Onde está o bom senso Britânico?
Num dos poucos lugares onde ainda se consegue sentir uma brisa maritima legitima num país (Inglaterra) quase totalmente rodeado por mar. Será insanidade ou também aqui a ganância começa a derrubar árvores e a matar o oxigénio?
Ontem, após um passeio em familia, com a Laura a pisar todas as poças de água que encontrava no caminho e a encher-me de lama e a pequena Clara a debater-se com a normalmente rara claridade que mal a deixava abrir os olhos, eu saía de pulmões limpos, paz na alma e o dever de assinar a petição contra o aeroporto. Desculpa Lord (Arquitecto) Norman Foster, não é nada pessoal, mas os meus filhos precisam mais de ar do que de voar.

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