Porque se tornam tão complicadas, nos tempos que correm, a envolvência emocional e a conexão mental entre os seres humanos?
Uma das situações que mais me tem feito reflectir estes últimos anos, principalmente depois de ter alcançado os 40, é a estranha solidão que se impõe quase como regra na maioria dos relacionamentos dos nossos dias; a inabilidade de construir diálogo entre pares, de rir em companhia, de discutir o mundo que nos rodeia, a passividade com que se passa pela vida exactamente quando é suposto estar no auge da pujança fisica e mental para extrair o que de grandioso existe em cada ser humano com que nos cruzamos.
Todos os dias me deparo com cafés cada vez mais apinhados de gente mas com cada vez menos solidariedade, conversa, alegria ou até respeito mútuo; que se passará na mente de tantos indivíduos que, embora de gerações etárias diferenciadas, preferem dispensar tempo num ecrã de 5'' ao invés de comunicarem e partilharem momentos com os interlocutores à sua frente.
São amigos, namorados, casais, irmãos, famílias inteiras sentados em redor de mesas, ou em bancos de jardim, que se demitem da função humana de acalentar corações, de amenizar sorrisos, preferindo desperdiçar neurónios em objectos inanimados convertidos numa espécie de deuses do bem estar, um bem estar egoísta e solitário que em pouco tempo se transformou numa religião fanática e incondicional.
por Nádia Simão
Uma das situações que mais me tem feito reflectir estes últimos anos, principalmente depois de ter alcançado os 40, é a estranha solidão que se impõe quase como regra na maioria dos relacionamentos dos nossos dias; a inabilidade de construir diálogo entre pares, de rir em companhia, de discutir o mundo que nos rodeia, a passividade com que se passa pela vida exactamente quando é suposto estar no auge da pujança fisica e mental para extrair o que de grandioso existe em cada ser humano com que nos cruzamos.
Todos os dias me deparo com cafés cada vez mais apinhados de gente mas com cada vez menos solidariedade, conversa, alegria ou até respeito mútuo; que se passará na mente de tantos indivíduos que, embora de gerações etárias diferenciadas, preferem dispensar tempo num ecrã de 5'' ao invés de comunicarem e partilharem momentos com os interlocutores à sua frente.
São amigos, namorados, casais, irmãos, famílias inteiras sentados em redor de mesas, ou em bancos de jardim, que se demitem da função humana de acalentar corações, de amenizar sorrisos, preferindo desperdiçar neurónios em objectos inanimados convertidos numa espécie de deuses do bem estar, um bem estar egoísta e solitário que em pouco tempo se transformou numa religião fanática e incondicional.
por Nádia Simão
Também reparo nisso, mas acho que se tornou em algo inconsciente...
ResponderEliminarVerdade e talvez por ser inconsciente seja ainda mais grave... quando a gente nota tenta mudar se não notamos continuamos a cair no mesmo até chegarmos ao fim da linha.
EliminarMais uma partilha fabulosa!
ResponderEliminarIdentifico-me muito com os textos da Nádia... é o segundo que leio por aqui... que transmite de uma forma impecável, tudo aquilo que acho dos tempos e pessoas de agora...
Adorei! Bjs
Ana
Ana a Nádia vai andar por aqui mas vezes, fica atenta... são de facto textos que abraçando os pensamentos dos mais atentos e tentam fazer pensar os mais distraídos
EliminarBeijinhos
Verdade, infelizmente
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