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8.6.17

somos feitos de estrelas [imperfeições alheias]

Por vezes é-nos difícil percepcionar apenas as coisas que realmente importam para sermos felizes e deixamos o cérebro baralhar as contas da existência; cremos demasiado nas opiniões alheias, nas modas impostas pelos media, nos supostos milagres que nos hão-de transformar em super humanos e esquecemos o essencial de estarmos vivos, previlégio negado e roubado a tantos milhões.
Com as constantes notícias quase diárias de atentados terroristas, de guerras cada dia mais mortais, secas extremas e dilúvios que deixam pessoas sem casa, sem saúde e sem dignidade, dou por mim a tentar ser honesta com a vida e percebendo que é ingrato culpabilizarmos apenas os outros ou as vicissitudes das nossas escolhas quando afinal possuímos esperanças que outros nunca terão, temos um lar e família, rimos com amigos e trabalhamos num emprego remunerado, viajamos e a saúde vai sendo estável.
Claro que é humano querer mais, poder ser mais e até sofrer demais mas também tem de ser humano a clareza da mente para substituir o mais pelo melhor, o querer pelo poder e o bom pelo bastante; eu não quero mais mas sim o melhor que posso para que seja bastante estar vivo e são.

Os últimos meses têm sido para mim de reflexão, de interiorização de valores únicos e não negociáveis para que o bem estar físico e psíquico se torne a primeira e última coisa essencial ao meu viver; olhar o espelho e crer no reflexo, sem questionar o que falta mas abençoar o que existe, almejar melhores dias para lutar pelo que tenho e manter o que me faz sorrir, sentir a energia que cada manhã me permite ao abrir os olhos e não reclamar de alguns contratempos, fazer destes um ensinamento para ser melhor da próxima.
E posso dizer-vos que não tem sido fácil deixar de reclamar, de ser por vezes ingrata com a vida, de sentir o mundo contra mim, de me martirizar pelo que acho que os outros pensam, de me colocar em baixo apreço...nada fácil, mas necessário e essencial.

O que tenho conseguido, porém, é um restruturamento do meu ser que me beneficia e me ajuda a renascer perante aqueles que admiro, respeito e amo; somos sempre feitos de estrelas em que cada uma é acesa por aqueles que escolhemos albergar em nós e pelos que nos escolhem como albergue deles. A vida é complexa, teimosa, dura mas tão curta que jamais devemos não ser capazes, temos a obrigação de viver em pleno com o que nos é oferecido e sem julgar os caminhos alheios.
Porque continuo a acreditar que se cada ser apenas viver por si e para si, sem detrimento do bem ao próximo, será um passo gigante para pacificarmos a terra e iluminarmos o céu!

por Nádya Simão

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