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1.11.16

blogger's house ♥ manhãs perfeitas




A Susana descobriu-me e começou a ser uma companhia  diária das minhas manhãs. Entre o meu blogue e o blogue dela, manhãs perfeitas, fomos nos inspirando mutuamente e criando pequenos laços virtuais. Quando soube que a Susana estava ligada à cidade que me viu crescer, criei uma certa empatia com ela e, ao ir consultando o seu espacinho virtual, achei que seria interessante saber um pouco mais sobre ela e por isso aqui a temos... não deixem também de visitar o seu blogue cheio de partilhas inspiradoras.

Olá, eu sou a Susana do blogue manhãs perfeitas, sou designer e vivo em Oeiras com os três rapazes da minha vida. Partilhamos os nossos dias em família num apartamento T3 há cerca de treze anos, embora nessa altura ainda não estivéssemos completos... Foi aqui que recebemos a chegada do meu filho mais novo e foi o facto de pretendermos crescer como família que deu sentido à nossa mudança para uma casa maior.

O convite da Cris apanhou-me muito de surpresa. Por um lado fiquei muito feliz e senti-me lisonjeada com a mensagem que me enviou, mas por outro fiquei um pouco perdida sem saber o que poderia dizer e mostrar dos meus próprios bastidores. A vontade de aceitar foi mais forte e a razão que lhe deu sentido está nas palavras que escolhi para falar de um tema que é forte e intensamente vivido e que de alguma forma me define como pessoa.


A nossa casa é o espaço e o centro das nossas vivências e foi escolhida de acordo com as nossas necessidades e possibilidades. Eu gosto muito da casa que habito e há nela imensos pormenores de grande significado e valor para mim. Mas a casa dos meus sonhos seria, contudo, diferente pelo menos em alguns aspectos... e acho que isso é natural, sobretudo, para quem como eu gosta, e sempre gostou, tanto de casas.


As pessoas que partilham comigo os dias, os anos e a vida são – e serão sempre! – o que dá sentido, cor e alma à minha vivência dos espaços, ao sítio onde vivo, à minha/nossa casa. Mas desde que me conheço que tenho também uma relação muito estética com os lugares, o que acaba por interferir com a minha empatia com os espaços, com o meu humor e com a minha afetividade em relação às casas. Dito de forma mais simples, o que se passa é que quando não gosto de uma casa ou de um lugar tenho alguma dificuldade em sentir-me bem, em viver ou trabalhar ali. Tudo isto serve também para dizer que o tema casas é para mim completamente apaixonante e que sou pessoa que nunca se cansa de ver e descobrir casas novas!

No meu blogue já falei por duas vezes deste assunto, da forma pessoal com que o estou a fazer também agora. Uma das vezes foi na introdução que escrevi para uma rubrica que mantenhodesde aí e à qual chamei “Casas Cor-de-mim” e a outra vez foi aqui.

Lembro-me de sentir este encanto por casas desde muito pequena, e embora com algumas flutuações que o tempo e a idade somaram, a verdade é que, no essencial, esta paixão está no meu ADN.

Vivi até agora em cinco casas diferentes e sempre por períodos longos. Hoje vou falar apenas daquela que habito no presente e que chamo significativamente de minha.
 

A minha casa fica numa zona onde gosto muito de viver, onde vivem muitas pessoas e ainda assim tem uma calma e uma tranquilidade que me são tão necessárias. Vivo próximo do mar e a praia é possível durante todo o ano, mesmo que seja apenas para um agradável passeio pela areia ou simplesmente para ver a chuva juntar-se ao mar em dias menos soalheiros. Gosto disso.

A minha casa é muito luminosa, está bem dividida e mesmo não tendo áreas enormes, também nenhuma das divisões é especialmente pequena. Tem bastante espaço de arrumação e tem uma vista muito aberta e um horizonte muito largo a que não é alheio o facto de ter janelas em três frentes. A sala é o espaço maior e mais vivido da casa. A sua área generosa e a sua configuração permitiu-nos adaptar uma zona para escritório e ter por outro lado um quarto individual para cada um dos meus filhos.


Não tenho nada contra que as crianças partilhem o mesmo quarto. Em certos aspectos, penso mesmo que pode ter vantagens. Mas para mim e, no caso concreto dos meus filhos, preferi que pudessem ter cada um o seu próprio espaço. Eles têm uma diferença de quatro anos e inicialmente dormiam no mesmo quarto. Com o tempo fui percebendo que embora sejam ambos rapazes, como todas as pessoas são diferentes e, sobretudo na primeira infância, há grandes variações de interesses, pelo que o mais novo vivia num quarto muito pouco identificado com os seus gostos e idade. Essa foi a razão da nossa opção e foi acertada, pois em nada prejudicou a amizade e a cumplicidade que os une, o que é algo muito feliz de ver. E, tal como já vos disse, a sala é mesmo um espaço muito vivido por aqui...
 

A casa que escolhi não é contudo um espaço tão arrumado e organizado quanto eu gostaria. Nem há um espaço de exterior que tanta falta me faz. E também poderia ter uma zona para as refeições de todos os dias que não retirasse espaço à cozinha. E que bom seria ter um cantinho destinado apenas às arrumações e ao cuidado da roupa. E um escritório que pudesse estar a salvo do som dos diálogos das séries da televisão e do alarido dos miúdos enquanto jogam Playstation. E... Os meus bastidores são obviamente uma casa real onde alguma confusão e o ruído próprio da vida de uma família de quatro é visível em cada metro quadrado. Onde a desarrumação se instala e permanece por mais tempo do que eu desejaria. Onde há brinquedos e jogos e roupa e livros e consolas e mochilas e chuteiras e lápis de cor e canetas e comandos de televisão e lancheiras e... sorrisos que se transformam em gargalhadas e abraços salpicados de beijos e algumas caras sérias quando é preciso ralhar e chamar à atenção e conversas sérias sobre assuntos importantes e o carinho reconfortante de cada reencontro no final do dia!



Na minha casa eu gosto especialmente das manhãs. É aí que acontecem as melhores inspirações. São essas as manhãs perfeitas, aquelas em que encho o peito de ar e o coração me devolve em boas ideias e motivações. O nome do meu blogue nasceu precisamente desta combinação entre a casa e a minha alma de cotovia. Mas...

A vida não tem de ser perfeita e as casas também não. Nas imagens que partilho e acompanham este texto pode ver-se uma tela pintada por mim em acrílico, um móvel de entrada que desenhei, alguns apontamentos decorativos, o meu filho mais velho a passar, o mais pequeno entretido com um jogo de paciência, os livros que ocupam uma boa parte da vida do rapaz mais crescido cá de casa e uma vista, de entre tantas outras, que faz parte do meu Instagram. É que a minha casa oferece-me a cada dia um pôr-do-sol único e irrepetível. E que mais se pode esperar de uma casa que nos dedica assim tão generosamente um presente tão especial, todos os dias?

Muito obrigada, Cris, por este simpático convite para estar aqui.

3 comentários:

  1. Muito obrigada, Cris, pelo convite, pela confiança e pelo desafio de partilhar os meus bastidores aqui no teu blogue! Obrigada também pelas simpáticas palavras com que me apresentas :)
    Beijinhos!

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  2. Adorei o cantinho da Susana!
    Clean, elegante, luminoso e prático!
    Bjs para ambas!
    Ana

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    Respostas
    1. Quando se tem filhos temos mesmo de ser práticos :P

      beijinhos

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