Tenho refletido tanto na vida dos anos oitenta que me chegam memórias que me marcaram os gostos para sempre. Penso nas drogarias de onde trazíamos diluente ao litro, nas mercearias onde se comprava desde maçãs a grão-de-bico a granel, as padarias de onde trazíamos o pão embrulhado em papel e lembro-me, como se fosse ontem, de ir à modista, umas ruas acima da minha, para fazer a prova de um novo kilt xadrez. Mais um!
Não faço ideia se seria a moda da altura, mas o certo é que a minha mãe fazia questão que eu andasse de kilt e, claro está, xadrez... eu, possivelmente, devia gostar. Era de tal forma que havia kilt para a mãe, para a filha e só não havia kilt para o pai e para o irmão porque não morávamos na Escócia. O gosto pela saia xadrez ficou e, já na faculdade, ainda me lembro de ter tido aquela que foi a minha ultima saia xadrez até à data, desta feita sem ser kilt.
Hoje pergunto-me se ainda seria menina... ou melhor... senhora, para vestir uma sainha aos quadradinhos. Ao que respondo, não será de todo improvável mas talvez difícil.
Gosto tanto do ar reguila que estas saias trazem às estudantes de liceu daqui de Inglaterra, que têm por sorte poder usar este padrão nos seus uniformes escolares, que não resisti a comprar uma que encontrei no supermercado para a minha L., isto depois de já lhe ter também comprado um vestido xadrez, e assim, dou por mim, a passar esta "tradição" também a ela.
Há coisas que nos marcam e acabam por nos definir, no presente elas parecem mínimas e quase sem importância mas o futuro transforma-as em memórias que guardamos na melhor parte de nós, o coração.
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Adoro o estilo tartan :) Desde que ca estou que tenho de arranjar uma saia tartan :)
ResponderEliminarAdorei este post, voltei atras a minha infancia :)
Bjinhosss
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