Este tema tem me inquietado nos últimos tempos. Antes de ir de férias pensei bastante no que de facto é importante, se é um futuro com um muito bom nível de vida, não faltar um bom computador, o último grito da geração dos smart phones, a mobilia sempre impecável, a casa grande, o carro novo, as férias todos os anos em Portugal e sobrar dinheiro para uns fins-de-semana prolongados noutro lado qualquer, almoçar fora ao Domingo, conseguir um bom plano de reforma, etc... ou um futuro com boa qualidade de vida, menos de tudo o acima mas mais tempo, liberdade e realização pessoal e profissional. Dou por mim a entender que é simplesmente uma luta de dinheiro versus tempo. Não há dinheiro que compre tempo e o tempo é aquilo que menos conseguimos controlar, não depende de nós o tempo que teremos mas depende de nós o que fazemos com ele.
E nesta luta de nível de vida versus qualidade, e não podendo ter os dois... voto sem pestanejar na qualidade. Na realização do que quero realmente fazer e do que realmente me realiza. Na liberdade de acompanhar o crescimento das pessoas que dão significado aos meus dias, as minhas filhas. Na liberdade de as ir levar à escola e ter tempo para as ir buscar, na felicidade de nos juntarmos à mesa para jantar, no tempo disponível a dois no fim de um dia passado a fazer o que amo e pelo qual me apaixono mais todos os dias, no lazer dos fins-de-semana descontraídos entre o sofá, o forno e o jardim, sempre não deixando faltar o essencial porque o resto é a magia de ter dois seres especiais que nos completam a vida e nos lembram que não precisamos de absolutamente mais nada.
Este tema, inquieta-me bastante também Cris... Acho que vivemos demasiado insatisfeitos, sempre procurando mais e melhor e se pararmos e olharmos com atenção, possivelmente já temos tudo, o que nos faz realmente felizes...
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