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25.4.14

Há 40 anos


Nasci após Abril. Não vivi o desconforto do silêncio e da opressão. Sou fruto de Abril e da revolução. Posso falar da liberdade mas não da ditadura. Posso falar das fronteiras abertas ao conhecimento mas não de um país fechado nos seus valores. Posso afirmar que ainda hoje há pessoas a pensar de forma pequena, de mentes fechadas, pensamento triste, mesquinho, pessoas que não conhecem além do seu mundinho porque as suas fronteiras ainda estão no pré-Abril. Acredito que de muitas delas dependa o estado actual do meu país porque sei que são elas a maioria (infelizmente e ainda).
Porque as passagem de férias são compradas para destinos paradísiacos, para locais onde se vivem férias e não realidades. Porque saiem de Portugal e aterram na praia. Porque não vêem mais do que sol e ondas do mar durante uma ou duas semanas e regressam para o seu metro quadrado de trabalho onde as redes sociais os esperam para fofocar da vida alheia.
Para quando uma viagem até outras realidades? Porque não conhecem outras sociedades? Porque não comparam e criticam e criam opinião? Porque nascem inteligentes e morrem burros?

Não vivi Abril de 74 mas esse foi o último Abril que não vivi.
Sei de quem o viveu e tenha deixado um registo perfeito do "dia da abertura". Porque faz falta um outro Abril. Fazem falta novos capitães de um novo Abril ou Maio ou Junho ou qualquer outro mês que diga BASTA a este abuso governamental que existe em Portugal e que só os que não cegaram o conseguem ver.


a foto {Há quanto tempo os Homens não choram?} | a música | o livro | a viagem

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