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9.9.17

+eu ♥ a casa em Sintra


Não faço parte de uma família grande. Em casa eramos quatro a nós juntavam-se os meus avós maternos e durante os meus primeiros anos de vida também a minha avó paterna e bisavó materna. Éramos poucos mas, para mim, os suficientes. Havia raros momentos onde o convívio se alargava à irmã da minha avó, minha tia em segundo grau e ao seu marido, meu tio. Mais raros ainda eram os dias onde, na mesma casa, se juntavam a filha da minha tia, minha prima, com a sua família de quatro filhos, meus primos. Mas no meio dessas datas importantes que normalmente diziam respeito à minha bisavó, mãe da minha avó materna e da minha tia em segundo grau, havia um dia em 365 dias que era diferente, era o dia de ir aquela casinha em Sintra.
No verão os meus tios "mudavam-se" da agitada Lisboa para uma vilinha no concelho de Sintra, nela, uma pequena e modesta casa tomava lugar de destaque na minha vida. Era um dia por ano mas era um dos melhores dias do meu verão quente, em que os meus pais, eu e o meu irmão viajávamos até uma vilinha em Sintra para visitar os meus avós todos os ano lá passavam umas semanas a convite dos meus tios. Nesse dia petiscava-se, bebia-se, ria-se das piadas do meu tio, corria-se à volta da casa, e era-se feliz numa pequena casa com alma dentro.


Eu queria aquela casa para mim, não queria mais nenhuma, não era a maior nem a mais moderna, era aquela, aquela com alma dentro. E dela nasceu o sonho:

Um dia vou comprar uma casa em Sintra, quase a cair de podre. Nela vou criar dois quartos, uma sala comum ligada à cozinha e uma casa de banho completa. Vou pintá-la de branco. Plantar lindas flores no pequeno jardim situado nas traseiras, comprar uma mesa e algumas cadeiras. Vou colocar portadas em madeira ripada pintada de branco. A porta será em madeira pintada de amarelo, com uma linda buganvília cor-de-rosa forte do seu lado esquerdo. No pátio da entrada plantarei uma Oliveira e no jardim das traseiras dois Limoeiros. Um caminho de pedra levar-me-á das portas envidraçadas da sala a um pequeno anexo em madeira onde ficará o meu espaço de trabalho. Um dia... quem sabe...

[imagens do arquivo (pre)histórico dos meus pais]

2 comentários:

  1. É tão bom ter recordações que nos enchem o coração *-* Espero que concretizes o teu sonho.

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