Fez este sábado uma semana que trouxemos para casa o Rosso (leia-se com pronuncia inglesa). Não foi uma decisão leviana nem excessivamente pensada porque, nestas coisas, se não ouvimos o coração, nunca fazemos nada.
Decidimos que a L. já tinha idade e maturidade suficiente para receber um amigo de quatro patas a seu cargo. Tem apenas 5 anos mas é uma criança bastante responsável e segura e embora precise obviamente da nossa atenção para o cuidar, tanto ela como a irmã se esforçam para que não lhe falte comida, mimo, brincadeira e o pelo escovado. Nem sempre entendem muito bem que ele precisa do seu próprio tempo e que muitas vezes não está para fazer o que elas lhe exigem como por exemplo ficar no colo a ver um filme, mas o facto de ele se impor e de eu explicar que ninguém gosta de ser mandado, que temos de respeitar as vontades alheias, tem feito a L., que em casa gosta de exercer o seu instinto de mandona, pensar duas vezes antes de impor as suas vontades.
O Rosso é um gatinho de cerca de 3 meses e meio. Fomos buscá-lo à RSPCA uma semana depois de o termos ido conhecer. Na nossa primeira visita à associação foi difícil passar por gatos carentes, que sei que dificilmente serão adotados, e não levar nenhum. As instalações têm excelentes condições, nos corredores das boxes cruzámo-nos com voluntárias que, sentadas junto a uma e outra box, enchiam este e aquele gato de mimo, esse era o trabalho delas, mimar os gatos. Nessa troca de carinhos eu fiquei na dúvida quem estaria a fazer um favor a quem, parar alguns minutos nos dias extasiantes que sempre temos para acariciar o pêlo de um animal é um verdadeiro momento de relaxamento e meditação. Fomos conduzidos até uma box onde pequenos gatinhos corriam e brincavam animadamente. Dos cinco que tinham sido deixados numa caixa apenas restavam dois para adoção. A escolha não foi difícil, um deles estava deitado e mal se mexeu durante todo o tempo que estivemos dentro da box, recebeu os mimos que lhe fomos dando de forma lânguida e destemida. O outro foi difícil de apanhar, escondeu-se numa alcofinha, depois atrás deste e daquele objeto numa tentativa de ver sem ser visto. Fui a única que o conseguiu agarrar e de fugida afagar-lhe o pelo. Era este, este seria o companheiro certo para as nossas princesas e o amigo ideal para os nossos já idosos gatinhos. O Rosso ficou à nossa espera uma semana. Entretanto foi castrado, vacinado e desparasitado. Uma voluntária da associação veio conhecer a sua futura casa e só então tivemos luz verde para o ir buscar.
Uma semana depois Rosso está completamente adaptado à sua nova vida, brinca alegremente, come feito louco e ainda desafia os seus amigos peludos que já mal têm energia para o acompanhar mas não negam uma boa brincadeira.
Agora somos sete, como as sete cores do arco-íris, como os sete anões, como os sete pecados capitais, como as sete maravilhas do mundo ou como os sete magníficos. Somos sete, "três mulheres de personalidade, um homem de fibra, dois gatos preguiçosos e um gatinho brincalhão. Todos temos as nossas imperfeições e todos convivemos com elas". ♥
E tao fofo :) Bem hajam por terem adoptado um gatinho da RSPCA :) Ja perdi amizades (que nao o eram) por terem preferido comprar animais do que adopta-los...
ResponderEliminarPor aqui mal podemos esperar para ir buscar o nosso assim que mudarmos de casa :)
Bjinhosss
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