Já lá vai mais de um ano desde que escrevi no meu outro blogue, que entretanto fechei, sobre a minha relação com as plantas. Hoje resolvi trazer ao blogue esse post que escrevi, até porque deu origem a algumas peças que fiz para a minha loja [im]perfect, e que, embora ainda uma verdade incontornável, conhece agora contornos muito menos dramáticos... afinal ainda há esperança em mim.
Sempre vivi em casas com plantas.
Quando vivia com os meus pais eles tinham alguns exemplares em cada
divisão da casa. O meu pai tinha especial carinho por elas e cuidava
delas com primor. Eu própria cheguei a comprar plantas para o meu
próprio quarto porque muitas vezes o redecorava e achava que havia
um cantinho ideal para um ou outro apontamento verdinho. Quando tive
a minha primeira casa não podia deixar de ter plantas e foram várias
as minhas visitas aos hortos da região. Porém, a minha relação
com as ditas é, no mínimo, estranha e elas acabam por morrer, na
maioria das vezes acho que por excesso de zelo, ou, água a mais. É
verdade... as minhas plantinhas morrem afogadas. São vários os
casos em que passam dias e dias sem ver gota e muitas vezes nem me
veem a mim (para sorte delas). Quando me lembro que as coitadas
existem a terra já mais parece areia do deserto e algumas já se
estão mesmo a vergar perante tamanha seca. Chego eu e pimbas...
inundação. A primeira reação da planta é "abanar" a
vasta cabeleira e agradecer revigoradas mas o problema é que eu acho
sempre que depois de tanta seca toda a água é pouca e de areia do
deserto, a terra, passa a lamaçal. Por estas e por outras é que
sempre me dei melhor com os cactos... até que matei uma suculenta por afogamento. Foi então que criei os vasos que vendo e que não suportam excesso de água por isso são ideais para plantas que precisem de muito pouca água. Desde então, sempre com o conceito dos meus vasinhos no pensamento, estou muito mais contida na hora de regar todas as minhas plantas e a bem ou a mal elas têm sobrevivido. Na primeira hipótese que tenho mudo-as de vaso, gosto de as meter em terra fresca depois de as trazer da loja e as ter em casa uma ou duas semanas. Normalmente opto por vasos ligeiramente maiores do que aqueles onde elas vieram, desta forma dou-lhes espaço para se desenvolverem.
Há cerca de ano e meio perdi uma pequena árvore-da-borracha (ficus elástica) que estava esquecida no quarto de brinquedos das miúdas. Pouca água, luz ténue e a uma altura suficiente para as miúdas não lhe tocarem. Achando eu, ingenuamente, que a sua beleza merecia um lugar de destaque mudei-a para a sala. Mais atenção, mais luz, mais cuidados, mais água... tanta água que quando olhei para ela com olhos de ver, ela já estava podre. Fiquei triste! Foi a gota de água...
Descobri então que, apesar de esta, ser
uma árvore fácil de cuidar (incrível como a consegui matar), é também uma planta perigosa para animais e crianças. A sua seiva
tóxica não deve ser ingerida ou mordida em circunstância alguma.
Felizmente, a minha plantinha teve sempre um lugar fora do alcance de
gatos e gatinhas, mas para quem não sabe, fica o aviso. Esta planta
prefere locais com temperaturas amenas e boa luz, evitando porém
receber sol forte. A árvore-da-borracha deve ser apenas regada
quando a terra já estiver bem seca. Embora não goste de
muita água, a ficus gosta de humidade, pulverizar diariamente com
água a planta e limpar posteriormente as suas folhas com um pano
suave fará desta, uma planta mais feliz. Estes são os cuidados
básicos a ter com a árvore-da-borracha. Uma planta fácil de
cuidar, que raramente tem doenças ou pragas, e uma poderosa aliada
na purificação do ar da casa.
Fiz as pazes com as minhas plantas e, desde o final do ano passado, que tenho andado a aumentar o meu espólio vegetal. Ter plantas em casa faz também parte das decisões minimalistas e hygge que tomei. A natureza só nos traz qualidade à nossa vida e acabam por nunca ser demais.
Comprei outra árvore-da-borracha! Maior que a anterior, esta ganhou um lugar de destaque na sala e, embora se encontre ao alcance de crianças e gatos está sempre supervisionada por mim, ou não estivesse mesmo ao lado da secretária onde trabalho.
De assassina de plantas a "expert" em plantas, não há nada que não se consiga, basta não nos vergarmos às evidências, basta não desistirmos e mantermos esta força de vontade que nos faz ser mais teimosos do que os factos o contam.
Tambem eu adoro plantas, tambem eu cresci numa casa cheia delas, entendo-te bem pois sou como tu... tambem eu as deixo morrer por distracção...as únicas que sobrevivem sao mesmo as canas da sorte, canas de bambu, julgo que e assim que se chamam. Mas adoro ter plantas e flores em casa, da vida :)
ResponderEliminarBjinhosss
https://matildeferreira.co.uk/
compra um dos meus vasinhos e faz terapia, comigo resultou 😂
EliminarEu também adoro, sem elas não é a mesma coisa 😉
Beijinhos 💛
Eu adoro plantas mas, vá-se lá saber porque, comigo costumam ter vida curta...
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