Amante (latim
amans, -antis)
-substantivo de dois
géneros - pessoa que ama alguém, enamorado/a, namorado/a.’
Nos dias que correm vai
sendo cada vez mais difícil conquistar corações, fortalecer uniões
ou simplesmente manter amizades e vivemos numa roda gigante de medos,
tabus, crenças infundadas, realidades virtuais e arrefecimento
emocional que nos traz prisioneiros de emoções falsificadas.
Desde os tempos da
antiguidade que o amor teve apoiantes e críticos, escreveram-se odes
e ensaios sobre a sua natureza volátil, teve finais felizes e mortes
em seu nome, construiu pontes e abriu janelas, revelou-se magnânimo
mas também perigoso, teve inúmeras faces mas sempre um só
propósito: o de unir as pessoas sob a arte de ser amante,
enamorando-se pela vida e suas afeições.
Talvez nem todas as
pessoas consigam atingir a arte de amar, de ser amado, por se
recusarem a aprendê-la e a entender a fala do coração, por não
acreditarem em si mesmos durante a busca do companheiro real (não o
idealizado em sonhos e estórias de encantar); não são necessárias
teses nem livros de autoajuda, não é preciso decorar poemas nem
citar as estórias de amores cinéfilos ou literários para se
dominar a arte dos amantes, a arte de se ser feliz lado a lado com
quem está destinado a complementar os nossos dias, a preencher os
nossos vazios, a iluminar nosso olhar, a curar nossos males, a
apaziguar nossas tristezas e a fortalecer nosso sentir.
A arte de quem ama é
simples, é tão somente a arte dos sentidos na pujança dos dias e
anos vividos; é a arte de observar em vez de apenas olhar, de
escutar em vez de ouvir, de saborear cada paladar, de absorver cada
fragrância e cada cheiro que nos rodeia, de sentir mesmo sem tocar,
de intuir sem tudo racionalizar. E tal arte está ao alcance de cada
um de nós, sem que necessitemos de ser ilusionistas ou possuidores
de capacidades extraordinárias pois o amor pertence ao comum dos
mortais, está embutido em cada coração que bate em harmonia com a
mente que o acompanha e apenas é necessária força de vontade para
derrubar qualquer preconceito, qualquer inimigo que nos tente desviar
do verdadeiro propósito de estar vivo: amar sem julgar, ouvir sem
prejudicar, ser sem destruir!
Em cada século
existiram heróis e heroínas capazes de elevar o amor, pessoas que
dele se vestiram para recuperar a identidade humana, lutas que se
tornaram estandarte do caminho certo até à liberdade de amar e ser
amado, de respeitar sendo respeitado, de cuidar quem nos oferece
cuidado…e ao longo de séculos fomos aprendendo, por vezes à custa
de malefícios, que só com amor poderemos ser completos e atingir a
sublime arte de ser humano!
por Nádya Prazeres
Gostei muito deste texto da Nádya, parabéns! =)
ResponderEliminarBeijinhos
Obrigada Ana, são de facto palavras sábias ;)
EliminarBeijinhos
Adorei este texto. O amor pode, no entanto, assumir muitas formas.
ResponderEliminarCom isso não quer dizer que se ame menos bem, ou que não se saiba amar.
Por vezes são as circunstancias - e não as pessoas - que não deixam o amor fortalecer-se e tornar-se numa das nossas muitas outras coisas que nos fazem inteiras. Beijinho x
infelizmente, numa perspectiva mais realista e menos romântica, assim o é Leonor... a vida mete-nos tanto no caminho que por vezes fica difícil sabermos o que escolher e do que abdicar em prol do amor... nem sempre ele vence ou se fortalece ao ponto de se tornar mais importante do que qualquer outra coisa.
EliminarExistem de facto muitas formas de amar e o amor mais desprendido, aquele que vence tudo, aquele que não encontra obstáculos nem circunstâncias mais importantes é o amor que temos aos nossos filhos, para esse não há desculpas, esse vivemo-lo intensamento, porque na verdade amar é simples...
Beijinhos
Excelente texto :) Bela descricao do sentimento Amor :)
ResponderEliminarA imagem faz-me lembrar o nosso aloquete que esta na Serra do Pilar :)
Bjinhosss
https://matildeferreira.co.uk/
que giro Matilde :) um bonito acto de amor ;)
EliminarBeijinhos